Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas

2016 Todas

Intenção de consumo reforça sinais de estabilização em setembro, indica pesquisa da Fecomércio-RS

A intenção de consumo das famílias gaúchas dá mais alguns sinais de estabilidade em setembro. O indicador fecha o mês com aumento de 4,5% na comparação com agosto, aos 59,1 pontos. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas – ICF, divulgada nesta segunda-feira (26) pela Fecomércio-RS e que conta, no mínimo, com 600 famílias em sua amostra. Frente ao ano passado, os resultados de setembro ainda são inferiores em todos os componentes avaliados pelo ICF.

 “Os números de setembro mostram que o ICF parece já ter batido no fundo do poço. Apesar de ainda não registrar uma recuperação mais robusta, esses sinais de que a avaliação das famílias em relação ao cenário de consumo parou de piorar são importantes nesse momento”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

A avaliação quanto à situação do emprego alcançou 96,6 pontos, permanecendo no campo pessimista e 13,1% inferior a setembro de 2015. Apesar da melhora na comparação com os meses recentes, os números evidenciam que o indicador permanece muito abaixo do patamar médio dos últimos anos, refletindo um mercado de trabalho enfraquecido.

O dado referente à situação de renda atual ficou em 76,2 pontos, com recuo de 11,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas elevação de 8,9% em relação a agosto. “Apesar do nível reduzido desse componente, a desaceleração recente da inflação pode ter contribuído para uma melhora da avaliação da renda, mesmo que esse sinal positivo ainda seja bastante incipiente”, destaca Bohn. Segundo ele, avaliações mais consistentes em relação à renda das famílias só devem surgir à medida em que houver um início de recuperação no mercado de trabalho.

O indicador relacionado ao nível de consumo atual caiu 21,7% sobre o ano passado, ficando em 43,1 pontos. Neste componente, pesam negativamente a conjuntura de queda da renda real, juros altos e deterioração do mercado de trabalho. A avaliação referente à facilidade de acesso a crédito recuou 17,1% na mesma base de comparação, aos 51,9 pontos; e o referente ao momento para consumo de bens duráveis, caiu 33,5%, aos 26,6 pontos. “O consumo de bens duráveis sofre de forma especial com a crise, pois são impactados diretamente pela restrição da renda e do crédito e, em geral, podem ter sua compra adiada nesses momentos”, explica o presidente da Fecomércio-RS.

Nas análises relativas às expectativas, o indicador que mede a perspectiva profissional atingiu 71,6 pontos, com queda de 8,6% ante setembro de 2015. Já em relação às perspectivas de consumo, a redução foi de 30,8% (47,4 pontos).